Momento de Reflexão
A FLAGELAÇÃO DE JESUS
JESUS REVELA À SUA SERVA, IRMÃ JOSEFA MENÉNDEZ, COMO FOI A SUA FLAGELAÇÃO
Irmãos e Irmãs, abramos o nosso coração à compaixão de Jesus!
"Olha como este homem( (Pilatos), confuso e enredado nos seus próprios laços,
não sabe que fazer de Mim, e para apaziguar a fúria da populaça, manda-Me açoitar.
Assim são as almas cobardes
que, por falta de generosidade para romper energicamente com as exigências do mundo
ou das suas próprias paixões,
em vez de cortarem pela raiz aquilo que a consciência lhes repreende, cedem a um capricho,
concedem-se uma ligeira satisfação, capitulam em parte com o que a paixão exige.
Vencem-se num ponto, mas noutro não, em que o esforço tem que ser maior.
Mortificam-se numa ocasião, mas não noutras,
quando para seguir a inspiração da Graça ou a observância da Regra
se deveriam privar de certos gostozinhos que satisfazem a natureza e alimentam a sensualidade.
E, para calar os remorsos, dizem a si mesmas:
«Já me privei disto...».
Sem verem que é só metade do que a Graça lhes pede.
Assim, por exemplo, se alguma alma, impelida não pela caridade e o desejo do bem do próximo,
mas sim por um secreto movimento de inveja, procura divulgar uma falta alheia,
a Graça e a consciência levantam a voz e dizem-lhe que aquilo é uma injustiça,
e que não procede com boa, mas sim com má intenção.
Talvez tenha um instante de luta interior mas, cobarde,
por fim a sua paixão imortificada cega-a e procura inventar um arranjo
que ao mesmo tempo cale a sua consciência e satisfaça a sua má inclinação:
isto é, calar em parte o que deveria calar completamente;
e desculpa-se, dizendo:
tem que o saber...
só direi uma palavra...
Alma querida, como Pilatos, mandas-Me flagelar.
Já deste um passo...
Amanhã darás outro...
Julgas satisfazer assim a tua paixão?
Não; em breve te pedirá mais,
e como não tiveste coragem suficiente para lutar contra a tua própria natureza nesta coisa pequena,
muito menos a terás depois, quando a tentação for maior.
Olhai-Me, almas tão amadas do meu Coração,
desejando-Me conduzir com a mansidão de um cordeiro, para o terrível e afrontoso suplício da flagelação.
Sobre o meu Corpo já coberto de golpes e cheio de cansaço,
os verdugos descarregam cruelmente, as cordas oleadas e com varas, terríveis açoites.
A força dos golpes produziu-Me inúmeras feridas...
As varas arrancavam pedaços de pele e de carne divina...
O Sangue brotava de todos os membros do meu Corpo, que estava em tal estado, que mais parecia monstro que homem.
Ah, como podeis contemplar-Me neste mar de dor e de amargura sem que o vosso coração se encha de compaixão?
Mas não são os verdugos que Me hão-de consolar, mas sim vós;
almas escolhidas, aliviai a Minha dor...,
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